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A mostrar mensagens de maio, 2018
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Esta história chama-se "Índio". É a história de um sonho. Índio – 22/9/2016 A noite começa e tudo se acalma no escuro claro da consciência. A cidade dorme, de olhos fechados nas fachadas, nas estradas molhadas, no nevoeiro leve que sobe das calçadas pisadas. Assisto a tudo isto do canto da minha alma, tomando um chá e brindando ao infinito. Desliguei a televisão inútil. Desliguei o trabalho de caça níqueis. Sou agora imperador do tempo todo, da noite toda.  Deito-me e fecho os olhos. Sinto a roda a girar e subo aos sonhos do que sinto pelos caminhos da minha mente percorrendo um interno labirinto.  Fecho os olhos e estou longe, a mil milhas daqui, numa floresta densa com troncos de árvores erguidos como braços. Caminho como um guerreiro só, descalço, sobre as pedras e as ervas dispersas. Pertenço a uma tribo de caras desconexas que se reúne à noite para dançar em transe a festa da lua enquanto a fogueira arde.  Ouvimos
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Temos aqui um questionário para que o/a leitor dos textos de Marco Oliveira possa ter uma melhor experiência literária.  https://goo.gl/forms/2b2AcxhXzFstQCFw2 Agradeço que preencham e digam da vossa justiça. O objetivo é dar a vocês leitores, no futuro, uma melhor experiência literária, novos voos da alma. Clique no link e preencha, demora menos de um 1 minuto. Obrigado amigos/as!!! Boas leituras :) Marco Oliveira
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Floresta. Texto que consta do livro "Breves Contos Modernos" (Artelogy, 2017). É a história de um místico que, ao caminhar à noite por uma floresta, vindo de um encontro furtivo, encontra vestígios luminosos de Deus. É na Natureza que o ser humano entra em melhor em contacto com algo prodigioso. O que se esconde nos Édens por aí? Floresta 18/1/2017 Na floresta, uma noite destas, entre a inquietude e o luar, andando sobre as folhas molhadas, a procurar Deus no fim sem fim da noite com estrelas em mim, lá fora ou o que seja, sentindo o frio da noite no sentir quente de minha alma que tudo deseja. Fui... Um rio a correr bem perto, ouço o seu rumorejar no meu coração de audição desperto, bem perto, tão perto que já o sinto a correr na minha ânsia de sentir a corrente fria das águas que em mim parece sumir. E antes de o ver, esse rio bem perto, sei pelo seu correr que dele já estou coberto.  As suas águas frias em sucessivas correntes co
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Um amante pensando na amada… O texto chama-se: Olhando o mistério nos olhos dela                    3/2/2016 Olhando o mistério nos olhos dela vejo claras gotas que na água parada caem. Voragem, fico sério, e em vertigem passeio as minhas mãos no seu corpo virgem quente de reticências. Olho-a, devoro a chama, e em beijos que me tiram da lama e me lavam da inacção até à cama, voo, plano, pelo Verão interno vagueio, prados de sonho abertos, imagens de países incertos, caímos e sempre nos levantamos sempre quando no outro olhar em perdão enfim nos libertamos. Ó o mistério nos olhos dela, o luar sobre a estátua tão bela. E da noite e do dia que bela união haveria quando em nosso brinde no aceso olhar a lua e o sol se fundiriam devagar. Rente ao sonho, ao mistério, e ao acaso, olhando o mistério nos olhos dela, cogito caso ou não caso nesta roda do pensar bela que sempre gira imerso em doce humana cela. Moinhos de vento, moinhos de vent