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A mostrar mensagens de agosto, 2018
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Era uma vez um homem curvado que ia andando pela floresta numa manhã fresca. Na cabeça deste homem ia a negra ideia, como um fumo escuro, de construir uma cabana com a madeira das árvores da floresta. Pegou no seu machado e começou a cortar uma árvore. Uma divindade que vivia na árvore começou a gritar: "Para, não derrubes esta árvore!" "Para, não derrubes esta árvore!" "Esta árvore tem vida, ela é um ser como tu!" A divindade segurava o seu bebé ao colo e colocou o recém-nascido em frente do homem que cortava a árvore para o deter. O homem curvado, envolto no fumo escuro dos seus pensamentos, não viu o bebé nem a divindade ao cortar a árvore com o machado, e ia cortando a árvores cada vez mais. A divindade ficou furiosa. O vento começou a rodopiar muito zangado. Tão furiosa ficou a divindade que se encheu de raiva. A divindade vermelha de raiva quis matar o homem curvado que cortava a árvore envolto num fumo negro de pensamentos.
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Era uma vez um jovem nobre numa aldeia antiga que se recusava a casar. Dizia que só se casaria se os seus pais lhe arranjassem uma rapariga tão bonita como uma estátua de ouro que ele tinha feito. Os pais enviaram emissários para procurar a tão desejada rapariga por todo o país. Os emissários levavam consigo a estátua de ouro que o nobre tinha feito. Um dia uma mulher confundiu a estátua de ouro pela sua filha. E deu a filha em casamento ao jovem nobre. A data do casamento foi marcada. Certo dia, no entanto, numa floresta a caminho da casa do jovem nobre, a rapariga ficou doente e morreu. Ouvindo isto, o jovem nobre ficou carregado de dor e de medo recusando-se até a comer. Assim ficou dias e dias,  pálido e lívido de dor. Até que um dia, num estranho sonho que teve de madrugada ao luar, ouviu estas frases: "Do desejo vem o sofrimento Do desejo vem o medo Se estás livre do desejo Não terás sofrimento nem medo..."
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Esta história passa-se junto ao mar á dezenas de anos atrás. Podemos ver o horizonte ao longe formando uma linha distante, lenta e longa no fundo azul entre o céu e o mar. Podemos ouvir o mar, o seu rumor indo e vindo em ondas lânguidas soltando espuma bravia nas areias molhadas. Um jovem caminha junto às águas. Caminha durante algum tempo sob o sol quente tingido com o vermelho vivo do poente. O jovem senta-se na areia. Fecha os olhos e sente a presença de um anjo que desce de um raio de sol. "Olá!" - diz a voz suave. "Olá." - diz o jovem. "O que tens?" - perguntou o anjo. "Estou zangado! Atiraram-me uma pedra lá na cidade." "Quem foi?" "Foi um amigo…" "Com quem estás zangado?" - perguntou o anjo. "Com esse amigo!" "Não estás zangado com a pedra? Foi ela quem te atingiu." "Não estou zangado com a pedra, ela é um objeto inanimado…" "Mas foi a pedra que te atin